quinta-feira, 21 de março de 2013

 

3º DIA DE CIDADANIA

A AMAS – Associação Metodista de Ação Social celebrará no próximo dia 07 de Abril  12 anos de Vida e Missão em Cândido Mota. Para celebrar este momento tão importante de nossa história, na ocasião será realizado pelo terceiro ano o projeto “Um Dia de Cidadania”, quando serão oferecidos diversos serviços à comunidade local, como cortes de cabelo, testes de glicemia, aferição de pressão, orientação jurídica, será montado um mini posto do INSS, esporte e lazer para as crianças, entre outras atividades.

LOCAL: Escola Municipal Olga Breve – Rua D. Pedro II, S/N.

HORÁRIO: Das 9h00 às 17h00.

Você é o/a nosso/ convidado/a especial.

 

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terça-feira, 12 de março de 2013

FAMÍLIA: UMA BREVE REFLEXÃO

 

      Vivemos num tempo em que, de forma constante, somos desafiados a refletir sobre o ser família. Para tal, é necessário que estejamos embasados na Bíblia e que também busquemos suporte em outras disciplinas, como a história, a antropologia e a psicologia, por exemplo.

        familia projeto de DeusHá varias formas de ser família, e, assim, é preciso que entendamos que a família nem sempre teve a configuração que tem em nossos dias. Através dos tempo, ela tem passado por transformações. Desde o início da humanidade, o que podemos afirmar como ponto comum é que as pessoas se reúnem em grupos para garantir a sobrevivência da espécie. Somos diferentes dos animais. Precisamos de cuidados logo no início de nosso nascimento e esta dependência se prolonga por alguns anos.

          Há aproximadamente quatro séculos na Europa, era comum as famílias abastadas delegarem a criação de seus filhos a outras pessoas, sendo até um sinal de status não serem responsáveis na formação do(a) filho (a). Tão logo a criança nascia já era encaminhada a uma ama-de-leite e tutores que as assumiam. Essa atitude começou a mudar a partir do século XVIII, quando o Estado e a Igreja verificaram que havia um índice grandioso de mortalidade infantil. Foi iniciado um movimento que em linhas gerais, estimulava as famílias a assumirem a educação e o cuidado dos filhos.

         Deste modo, esta configuração familiar, centralizada na figura do pai e com a responsabilidade no cuidado e educação dos filhos é resultado direto de um processo longo e que, ainda em nosso tempo, está sujeito à mudanças e avanços.

A Família Ideal e a Família Vivenciada

          Não há um jeito único de ser família, ou em outras palavras, não há modelos padronizados de família. Nem sempre as pessoas podem realizar, no cotidiano, o seu ideal de família. Pensamos sobre uma maneira de ser família e na vivencia isso fica difícil. Isto pode provocar conflitos nas pessoas. família I

         Estes conflitos podem ser em maior ou menor grau, a partir da distancia que há entre a família idealizada e a família vivenciada. Se colocamos um ideal de perfeição para a família, isto dificulta o dia a dia dos membros da família.

         Sempre vai haver a sensação de que nunca vai ser alcançado o objetivo. O conflito sempre estará presente pois o desejado é muito alto. Não se valoriza a maneira como se está vivendo, sempre achando que deveria ser de outra maneira. A angústia provocada pelos conflitos pode levar a um distanciamento da realidade fazendo com os membros da família vivam numa camuflagem das relações familiares. Afirmando, muitas vezes, que em suas casa não há problemas, que tudo é perfeito, não há brigas, diferenças, etc, quando na realidade os conflitos estão presentes, porém disfarçados.

       Infelizmente não existem família perfeitas. Admitirmos e reconhecermos a existência de problemas, contradições e limites nas relações familiares, é sinal de saúde mental e representa meio caminho andado na busca de soluções que possam facilitar a convivência comum.

          Esta maneira de pensarmos família está associada à nossa experiência familiar, à nossa história familiar. É claro que à experiência pessoal somam-se a convivência com as outras pessoas, o meio sócio-cultural e até os meios de comunicação de massa.

           Mas, uma das coisas importantes é como foi vivenciada a história familiar de cada adulto quando opta por construir a sua própria família. É comum trazermos para o espaço domestico, quando este se inicia, o desejo de ver suprida as carências afetivas mais profundas.

        É bom lembrar que não há relação adulta que possa suprir as carências afetivas de maneira completa. Esta fantasia de buscar no (a) outro (a) a realização deste desejo leva à angústia e à frustração. Não é o(a) outro (a) que possui falhas e não pode nos atender neste desejo. Faz parte do ser humano a impossibilidade de suprir completamente todas as necessidades afetivas de outrem.

        A outra pessoa não está para suprir as nossas carências mais profundas, mas, para ser amado (a).

A Família Está Acabando?

família         Temos passado por várias transformações na sociedade e isto tem gerado um clima de questionamento de que a família está em fase de extinção. Temos que ter cuidado e uma atitude crítica com relação a esta fala.

          Temos percebido que é interessante algumas pessoas manterem este discurso. O que temos presenciado em nossos dias são novas formas de ser família e não sua desagregação ou extinção.

           A família continua sendo o lugar onde as pessoas buscam refúgio e proteção. Sabemos que tem passado por mudanças sensíveis até pelas condições econômicas de nosso país impõem, cada vez mais cedo, a necessidade de crianças e adolescentes ingressarem no mercado de trabalho. Mas, as pessoas têm mantido laços que são fundamentais para a manutenção da família. Esses elos de ligação nos fazem acreditar que há possibilidade de transformação da realidade em que vivemos.

           Se, cada vez mais, mulheres e homens puderem ser referenciais amorosos e saudáveis às crianças; se nossas casas forem um lugar onde haja espaço para a vivência igualitária entre os membros e o respeito a liberdade pessoal, estaremos oferecendo um solo fértil para o crescimento responsável de nossas crianças.          

familia e cruzA casa pode e deve ser o espaço da vivência da fé cristã e a família, o lugar inicial da evangelização e humanização do mundo.

(Este texto foi escrito pela psicóloga e professora da Universidade Metodista de São Paulo Dagmar Silva Pinto de Castro e foi adaptado pelo pastor Luciano J. M. Silva para o nosso blog)